terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ossuário de Sedlec


Ossuário de Sedlec é uma pequena capela católica localizada abaixo da Igreja e Cemitério de Todos os Santos em Sedlec, um subúrbio de Kutná Hora, República Checa.Estima-se que o ossuário contenha entre 40,000 e 70,000 esqueletos, a maioria dos quais arranjados de forma a decorar e mobiliar a capela. O local está entre as atrações turísticas mais populares da República Checa, atraindo em torno de 200,000 visitantes por ano.

História 

Henrique, abade do mosteiro cisterciense de Sedlec, foi mandado à Palestina pelo Rei Otokar II da Boêmia em 1278. Ao retornar, trouxe consigo uma pequena quantidade de terra do Gólgota, que ele esparramou sobre o cemitério da abadia. A história do ato devoto logo se espalhou, e o cemitério de Sedlec tornou-se um local de enterro desejado por muitos na Europa Central. Durante a peste negra em meados do século XIV, e após as Guerras Hussitas no começo do século XV, milhares de pessoas foram sepultadas ali, forçando uma grande expansão da área do cemitério.
Por volta de 1400, uma igreja gótica foi construída no centro do cemitério, com um nível superior abobadado e uma capela subterrânea que deveria ser utilizada como ossuário para as covas coletivas desencavadas durante a construção, ou que foram simplesmente esvaziadas para dar lugar a novas sepulturas. Reza a lenda que, após 1511, a tarefa de exumar os esqueletos e empilhar seus ossos na capela foi dada a um monge cego.
Entre 1703 e 1710, uma nova entrada foi construída para sustentar o muro frontal que estava se inclinando, e a capela superior foi reconstruída. Esta obra, em estilo barroco checo, foi projetada por Jan Santini Aichel.



Em 1870, o xilógrafo František Rint foi contratado pela família Schwarzenberg para organizar os ossos. O resultado macabro fala por si. Quatro enormes montes em forma de sino ocupam os cantos da capela. Um gigantesco candelabro, que contém todos os ossos do corpo humano, ergue-se no centro da nave, com guirlandas de crânios guarnecendo a abóboda. Entre outras obras feitas de ossos estão as colunas flanqueando o altar, um brasão dos Schwarzenberg e a assinatura de Rint em uma parede próxima à entrada.






segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Estrada de Yungas


 O caminho a os Yungas é um estreitíssimo caminho que une a região dos Yungas a La Paz a capital boliviana, a estrada tem 56 quilômetros só que esse caminho é de mais ou menos 3 metros de largura e esta a uns 3 mil metros de altura contornando a Cordilheira dos Andes. O qual tem em media mais de 200 acidentes por ano com mais de 100 mortos. O caminho da morte foi batizado em 1995 como o lugar mais perigoso do mundo pelo Banco Interamericano de desenvolvimento.







sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

República do Azerbaijão


O Azerbaijão, oficialmente República do Azerbaijão, é um país localizado no Cáucaso, na fronteira entre a Europa e a Ásia. Inclui uma área principal, junto ao Mar Cáspio, e o enclave de Nakichevan, a sudoeste. O território principal limita a norte com a Geórgia e a Rússia, a leste com o Mar Cáspio, do outro lado do qual se encontram as costas do Turquemenistão, a sul com o Irã / Irão e a oeste com a Arménia e o enclave de Nakichevan da Turquia. A sua capital é Baku.

Muitas localidades da República do Azerbaijão foram consideradas inabitáveis.Boa parte do pais é tomada por centenas de pequenos vulcões de lama.A atividade vulcânica é constante.

13 Curiosidades da república do Azerbaijão

1. Uma das repúblicas que se tornaram independentes com a dissolução da União Soviética, o Azerbaijão apresenta grandes possibilidades de desenvolvimento, graças sobretudo a suas importantes reservas de petróleo.
2. A nação está situada sobre um lençol de petróleo muito próximo da superfície.Em razão dessa característica geográfica, poças de petróleo afloram na superfície do terreno por todo o país, especialmente na orla marítima.
3. Como país independente, continuou a enfrentar um problema do passado: a disputa, com a vizinha república da Armênia, pela província de Nagorno-Karabakh.
4. Conta com cidades típicas de grande riqueza cultural; um artesanato local interessante; uma modesta, mas deliciosa gastronomia e belas Paradas Naturais, com fauna e flora variadas.
5. Os setores industrial e agrário concorrem de maneira equilibrada para a formação do produto interno bruto. O principal produto agrícola é o algodão, seguido pelo tabaco, pela uva e pelo chá. O sistema de irrigação permite também abundantes colheitas de legumes. O Azerbaijão chegou a responder por dez por cento de toda a produção agrícola da antiga União Soviética.
6. O Azerbaijão apresenta problemas de contaminação do solo devido ao uso de pesticidas. Desfolhantes altamente tóxicos foram usados extensivamente nos cultivos de algodão.
7. A contaminação da água é outro problema grave; aproximadamente metade da população não é servida de esgotos e só um quarto de toda a água servida recebe tratamento.
8. Existe na região de Qobustan a chamada FLATULÊNCIA GEOGRÁFICA, uma das mais incomuns manifestações de vida do nosso planeta. Trata-se de crateras no solo, com aparência de caldeirões borbulhantes, que expelem barro vulcânico em temperatura ambiente, cientificamente chamado “palcik vulcanlar” ou, popularmente, acne geológico.
9. Tem um parque industrial bastante diversificado, além das indústrias petrolíferas e de gás natural, o país produz máquinas e equipamentos, fertilizantes minerais, plásticos, produtos químicos e metalúrgicos.
10. Por toda a costa, a perder de vista, erguem-se milhares de torres de prospecção de petróleo, das quais, centenas delas estão abandonadas e enferrujadas sobre poças do precioso líquido, mais parecendo um mar negro de sucatas.
11. Uma das mais estranhas cidades do mundo fica ao largo da costa do Azerbaijão, abandonado e em ruínas. “Oleosa Rocks” começou com um único caminho para fora sobre a água e cresceu em um sistema de caminhos e plataformas construídas na parte de trás dos navios afundados para servir como fundação da cidade.
12. Os cafés têm merecida fama. costumam estar decorados com um gosto excelente e na maioria deles pode-se comer algo leve, enquanto se escuta música variada. Os bares também são um centro de reunião habitual para os habitantes.
13. Na gastronomia destacam-se o caviar e os blinis, as tortas de milho com arenques em molho de nata e a densa sopa de beterraba.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Vale da Morte



O Vale da Morte, é uma árida depressão localizada ao norte do Deserto de Mojave, nos Estados Unidos, na Califórnia. Estende-se por aproximadamente 225 km, ao longo da fronteira da Califórnia com o estado de Nevada, a aproximadamente 160 km oeste de Las Vegas. O Vale da Morte é famoso por seu clima extremamente quente.
A segunda temperatura mais alta já registrada no planeta, foi registrada no Vale da Morte em 10 de julho de 1913. A temperatura máxima foi de 56,7°C.
É o ponto mais baixo dos Estados Unidos. No Vale da Morte está localizada a maior fonte de boratos do mundo, em uma mina a céu aberto. Também é o local da ocorrência de um curioso fenômeno natural de rochas deslizantes.

Estas peregrinações minerais confundem os cientistas há mais de cinco décadas. Ninguém nunca viu as pedras realmente se movendo, mas elas devem se mover, porque as rochas locais, e as trilhas que elas deixam atrás de si, mudam de posição ao longo do tempo.
A maioria das pedras errantes é, aproximadamente, do tamanho de uma garrafa de refrigerante de um litro, mas são muito mais pesadas. Ou seja, não se pode esperar que rochas de nove quilos deslizem pelo chão com muita facilidade.
Elas se deslocam cerca de 4,5 km, e quase 2 km de diâmetro. As teorias mais malucas envolviam hipóteses de que os alienígenas é que estavam movendo-as, ou campos magnéticos, ou ainda os estudantes engraçadinhos da Universidade de Nevada, em Las Vegas. Mas isso não é plausível, porque se alguém estivesse empurrando-as, haveria marca de pegadas.


Agora, cientistas estão perto de desvendar esse mistério desértico. Um tempo atrás, um grupo de estagiários da NASA encarou a missão de estudar o fenômeno. Além de coletar medidas de GPS e uma infinidade de outros dados, os alunos recuperaram instrumentos que haviam sido enterrados no solo três meses antes, para medir umidade e temperatura, por exemplo.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Antártica


A Antártica ou Antártida,é o mais meridional dos continentes e um dos menores, com uma superfície de catorze milhões de quilômetros quadrados. Rodeia o polo Sul, e por esse motivo está quase completamente coberta por enormes geleiras (glaciares), exceção feita a algumas zonas de elevado aclive nas cadeias montanhosas e à extremidade norte da península Antártica. Sua formação se deu pela separação do antigo supercontinente Gondwana há aproximadamente 100 milhões de anos e seu resfriamento aconteceu nos últimos 35 milhões de anos.

É o continente mais frio, mais seco, com a maior média de altitude e de maior indíce de ventos fortes do planeta.A temperatura mais baixa da Terra (-89,2 °C) foi registrada na Antártica, sendo a temperatura média na costa, durante o verão, de apenas -10 °C; no interior do continente, é de -40 °C.Muitos autores o consideram um grande deserto polar, pela baixa taxa de precipitação no interior do continente.A altitude média da Antártica é de aproximadamente 2000 metros.Ventanias com velocidades de aproximadamente 100 km/h são comuns e podem durar vários dias.Ventos de até 320 km/h já foram registrados na área costeira.

Como não há povos nativos da Antártica, a sua história é a da sua exploração. É muito provável que os povos de regiões próximas ao continente tenham sido os primeiros a explorá-lo: os povos Aush da Terra do Fogo, por exemplo, falam sobre o "país do gelo" e um chefe maori de nome Ui-Te-Rangiora teria atingido a região em 650 d.C.
As primeiras expedições documentadas começam no século XVI. Américo Vespúcio relatou o registro visual de terras a 52°S.Várias expedições aproximaram-se gradativamente do continente sem, no entanto, ter-se a certeza de que se tratava realmente de um continente ou de um conjunto de ilhas, até às expedições de James Cook, o primeiro a circum-navegá-lo entre 1772 e 1775 sem o avistar, devido à névoa e aos icebergs.



Durante o inverno, a Antártica fica no escuro. Desde o fim de Março até Setembro o Sol simplesmente não aparace por lá e a temperatura chega, em média, a 60 graus Celsius negativos.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Caverna Gomantong Malásia



As cavernas e a área circunvizinha são protegidas por animais selvagens,em especial.As cavernas são divididas em duas porções: o Simud mais acessível Hitam (caverna preta), e o Simud maior Putih (caverna branca).
Habitat de muitos animais diferentes, passando por passagens de madeira que circuitam o interior das cavernas.moradores da região com licença do governo escalam as paredes usando somente cordas, coletando os ninhos dos pássaros rejeitados.O mais valioso destes ninhos, chamado de "o saliva branco" pode-se vender por preço muito elevado.

Simud Hitam

Simud Hitam (caverna preta) é o mais acessível das duas cavernas, apenas alguns minutos da entrada, e dele está aberto ao público geral. Seu teto pode esticar a 90 medidores de altura. É a fonte "dos ninhos menos-valiosos do saliva preto", ou os ninhos que contêm penas e saliva e requerem a limpeza mais tarde.

Simud Putih

Simud Putih (caverna branca) é a maior das duas cavernas, e também a mais perigosa;precisa de  permissão especial para entrar e se deve participar ao menos em cinco horas de spelunking intenso. É o lugar onde "os ninhos mais valiosos do saliva branco" dos swiftlets são encontrados, e é um 30 ascendentes mais adicionais íngreme da escalada minuciosa as montanhas.




Como em um filme de horror, nessa caverna você pode ver a escuridão se movendo! Se milhões de morcegos não te assustam, as milhões de baratas com certeza farão isso. Elas se alimentam principalmente do “guano” – as fezes dos morcegos – mas sua dieta não inclui apenas isso: se qualquer animal cai no meio das baratas é devorado rapidamente, deixando para trás apenas os ossos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Unidade 731


A Unidade 731 ficava localizada no distrito de Pingfang, na cidade de Harbin, no estado fantoche de Manchukuo (nordeste da China). Foi responsável por alguns dos crimes de guerra na China e outros países da Ásia, numas das maiores atrocidades realizadas pelo exército imperial japonês.
Suas atividades permaneceram em segredo sob o conhecimento do governo japonês e governo norte-americano, vindo a tona a verdade em 1989 com a descoberta de cadáveres no subsolo da cidade de Tóquio por operários.
Os trabalhos da unidade permaneceram inéditos ate a descoberta, em uma loja de livros usados, de anotações feitas por um oficial da Unidade 731. Os documentos descreviam detalhadamente as experiências biológicas e demostravam que as cobaias das experiências de Shiro Ishii e sua equipe eram seres humanos. jovem Ishii era um brilhante microbiólogo do exercito. Com sua carismática personalidade, logo atraiu a atenção dos oficiais veteranos e conseguiu uma rápida promoção de posto. Aliando-se com ultranacionalistas do Ministério de Guerra do Japão, Ishii fez uma forte pressão a favor do desenvolvimento de armas biológicas.

Conhecidas como "Campo de Prisão Zhong Ma", as instalações da Unidade 731 foram costruídas com mão-de-obra forçada chinesa. No centro, existia um edifício , o 'Castelo Zhong Ma', que mantenham os prisioneiros em um laboratório .
Os escolhidos para os testes humanos era chamados de 'marutas', que significa troncos. Numerados em ordem crescente ate o numero 500, os prisioneiros eram desde 'bandidos' e 'criminosos' ate 'pessoas suspeitas'. Eram bem alimentados e faziam exercícios regularmente, somente porque sua saúde era vital para a obtenção de bons resultados científicos.
Quando Ishii necessitava de um cérebro humano para uma experiência, ordenava que os guardas obtivessem o órgão. Enquanto o prisioneiro era pego por um dos guardas, que segurava seu rosto contra o chão, o outro quebrava-lhe o crânio com um machado. O órgão era retirado grosseiramente e levado rapidamente ao laboratório de Ishii. Os restos mortais do prisioneiro sacrificado eram lançados no crematório do campo.
As primeiras experiências centraram-se nas doenças contagiosas, como o antraz e a peste. Em um dos testes, guerrilheiros chineses foram infectados com bactérias da peste. Doze dias depois, os infectados contorciam-se com febres de 40 graus celsos. Um desses guerrilheiros conseguiu sobreviver por 19 dias antes que lhe fizessem uma autopsia enquanto ainda estava vivo.

Alguns prisioneiros foram envenenados com gás fosfina e em outros foi aplicado cianureto de potássio. Outros prisioneiros foram submetidos a descargas elétricas de 20.000 volts. Os prisioneiros que sobreviveram ficavam à disposição para receberem injeções letais ou para serem dissecados vivos. Cada morte era registrada por membros da unidade.

A qualidade do trabalho, assim como sua personalidade, garantiram a Shirô Ishii um crescente poder. Em 1939, pôde mudar-se para instalações tão grandes quanto o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau da Alemanha nazista. O novo quartel general da unidade 731 situava-se em Pingfan, Manchúria.

O complexo de Pingfan possuía 6 km2 e abrigava edifícios administrativos, laboratórios, galpões, uma prisão para indivíduos submetidos aos teste, um edifício de autópsias e dissecação e três fornos crematórios. Um campo localizado em Mukden, detinha os prisioneiros de guerra americanos, britânicos e australianos, que também eram usados nas experiências.

As baixas temperaturas diminuíram o rendimento militar durante os rigorosos invernos da Manchúria. Por esse motivo, as experiências sobre o congelamento foram especialmente desenvolvidas. Alguns prisioneiros eram deixados nus, ficando submetidos a temperaturas abaixo de zero e seus membros eram golpeados com paus até que se produzissem sons secos e metálicos indicando que o processo de congelamento estava terminado. Em seguida, os corpos eram "descongelados" através de técnicas experimentais.

Sem nenhum sentimento de culpa, Ishii redigia regularmente documentos nos quais descrevia os resultados de suas experiências. Nestes relatórios, dizia que os teste eram realizados em macacos. O uso de seres humanos como cobaias era mantido em segredo.
Até o fim da segunda guerra mundial, Ishii, então tenente-coronel, fez um pacto de juramento com seus subordinados para manter as experiências em segredo. Pingfan e outros lugares foram destruídos, e Ishii e seus homens regressaram para casa no anonimato. As atividades da unidade 731 permaneceram ocultas.

Desejando impedir que os soviéticos obtivessem as informações de Ishii, os Estados Unidos fizeram um pacto com o próprio. Porém, era necessário vencer um importante obstáculo. As experiências deviam ser ocultadas, deveriam ser o "maior dos segredos", o mais obscuro deles. Os prisioneiros de guerra que regressavam, davam terríveis depoimentos sobres as experiências que foram realizadas neles. Se estes depoimentos se tornassem conhecidos, a opinião pública ficaria indignada e exigiria medidas drásticas. Portanto, havia apenas uma saída: o encobrimento dos fatos.

Depois da guerra, muitos dos responsáveis pelas experiências japonesas tiveram muita sorte. Vários deles graduaram-se em medicina e um deles chegou a dirigir uma companhia farmacêutica japonesa. Outros ocuparam cargos que foram desde a presidência da Associação Medica japonesa ate a vice-presidência da Green Red Cross Corporatino. Um membro da equipe de congelamento chegou a tornar-se um importante empresário da industria frigorifica japonesa. Shirô Ishii morreu em 1959 sem mostrar nenhum sinal de arrependimento.
Antes de cessar suas atividades, Ishii ainda iria influenciar mais profundamente os aliados. A aceitação de seu trabalho significou que havia sido ignorado o termo que impedia a utilização de seres humanos como cobaias de experiências cientificas, estabelecido no acordo de 1925, na Convenção de Genebra. Os cidadãos dos Estados Unidos e do Reino Unido serviram de cobaias, desta vez nas cínicas mãos de seus próprios governos.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Ilha da Queimada Grande


Assim é, para a maioria das pessoas, a Ilha da Queimada Grande, um íngreme rochedo de granito com duzentos metros de altura que ergue-se de um mar profundo a cerca de 32 km da costa de Itanhaém, litoral sul do estado de São Paulo, e que surgiu de um desdobramento da Serra do Mar.
O nome "Queimada" tem várias origens mas com certeza refere-se aos constantes incêndios ocorridos na Ilha devido a ação de raios. Na época de seca o capim resseca e torna-se facilmente "inflamável"...
A Ilha de Queimada Grande, foi apontada como o verdadeiro Inferno na Terra.Sabe por que? Porque ela possui a incrivel média de 9 cobras por metro quadrado.Para os cientistas a Ilha da Queimada Grande é o berço de uma serpente única, não encontrada em nenhum outro local do planeta. Um animal fascinante de hábitos e comportamentos diferenciados e que, desafiando os prognósticos, continua ainda, rainha de seu território: a Bothrops insularis.Conhecida popularmente como Jararaca-Ilhoa ela provavelmente conquistou seu território nos últimos 17 mil anos quando o mar regrediu, por duas vezes, unindo a Ilha ao continente por uma vasta extensão de areia e vegetação.

As Jararacas-Ilhoa estão restritas à Ilha e não entram na água salgada.
Sua população é muito alta e torna a Ilha o local de maior concentração de serpentes por metro quadrado do mundo.
O isolamento geográfico sofrido por esta serpente propiciou, no decorrer da evolução da espécie dentro de um habitat insular, adaptações não comuns à maioria das outras jararacas como a de subir com facilidade em árvores e a de se alimentar de pássaros (na Ilha não existem mamíferos, à exceção de morcegos que vêm constantemente do continente) e consequentemente não há roedores, alimento básico da dieta das jararacas do continente.Todo este processo evolutivo, associado à quantidade de animais e a escassez de alimento em determinadas estações, influenciaram na especialização de sua mais poderosa arma: a peçonha.
O veneno da Bothrops insularis é potencialmente muito mais forte do que o das jararacas do continente.
É cerca de 14 vezes mais letal para um camundongo podendo matar uma ave em poucos segundos. Até hoje todas as pessoas picadas na ilha morreram. Eram faroleiros, pescadores desavisados e curiosos.
A Ilha é de propriedade da Marinha do Brasil e é tombada por vários decretos federais, sendo considerada área de segurança pela presença de um farol automatizado de sinalização.
Não são autorizados o desembarque e permanência sem prévia autorização. Somente pesquisadores e o pessoal da marinha responsável pela manutenção do farol são autorizados. A coleta de espécimes na Ilha também tem que ser autorizada pelo IBAMA. A retirada de exemplares constitui um grave crime perante a lei de proteção à fauna e a forças armadas.
Mas a rainha Jararaca-Ilhoa, presente em grande quantidade, não reina sozinha. Uma outra espécie de serpente conhecida como "Dormideira" (Dipsas albifrons cavalheroi) também é encontrada porém, ao contrário da primeira, é totalmente inofensiva e rara. Alimenta-se apenas de pequenos moluscos terrestres que encontra na mata.

A fauna da ilha é rica também em outras espécies: Aranhas Armadeiras são muito comuns e também constituem um perigo à parte...
A vegetação atlântica abriga principalmente anfíbios e pequenos lagartos que servem de alimento à jovens insularis.
Dentre as aves marinha o mergulhão ou atobá (Sula leucogaster) é quem domina os rochedos, acompanhado de pequenos grupos de gaivotas e fragatas.
O imenso bloco de granito com cerca de 430 mil metros quadrados (1,5 km de comprimento por 500 m de largura máxima) é um grande laboratório natural que vem sendo estudado por diversos especialistas a anos.
O mar profundo que envolve a Ilha é de beleza e clareza raras. Cardumes de lulas, arraias, baleias, tartarugas e golfinhos são comuns naquelas águas. A Ilha da Queimada Grande é reconhecida pela comunidade científica brasileira e mundial como um vasto santuário ecológico e que necessita ser preservado.




A fama da Ilha e a reputação injusta da Jararaca-Ilhoa são, infelizmente, muito mais divulgados pelo lado deturpado e sensacionalista do que pela sua importância para a ciência.